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25'nov - Dia Internacional pela Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres

25 de novembro de 2023

A Plataforma Já Marchavas volta assinalar o 25 de novembro, que se declara como o “Dia Internacional pela Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres”, com uma Vigília, a partir das 15h, na Praça da República (Rossio).

A Plataforma assinala a data com uma “colcha de retalhos”, inspirada na Colcha de Retalhos da HIV (AIDS Memorial Quilt), iniciada nos anos 1980 pelo movimento LGBTQIA+ dos EUA. Cada tecido será dedicado a uma vítima, cozidos entre si, formando assim um memorial de homenagem a todas as mulheres assassinadas por violência em 2023.


Observatório das Mulheres Assassinada (OMA) da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) contabilizou 25 mulheres assassinadas em Portugal, entre o início do ano e 15 de novembro, das quais 15 são vítimas de femicídio em relações de intimidade.

Angelina Oliveira
Carla Dias
Carla Fonseca
Clara Rios
Cláudia Silva
Conceição Ferreira
Délia Gouveia
Dulce Oliveira
Farana Sadrudin
Gertrudes Costa
Isaltina Gomes
Janedi Borgwardt
Joana Nascimento
Lara
Lara Pereira
Lucinda Carvalho
Margarida Silva
Maria Alice Furriela
Maria Antunes
Mariana Jadaugy
Mónica Silva
Núria
Piedade do Patrocínio
Rita Cipriano
Soraia Alexandra

25 de Novembro de 2023

Desde 1999 que o dia 25 de novembro se declara como o “Dia Internacional pela Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres”. Este é também um dia de luto, de luta, de resistência, de combate a  opressões que se prendem com o género, situação  social e económica, etnia, nacionalidade, orientação sexual, identidade de género e idade que, por vezes, recaem sobre  as mulheres de forma múltipla.

Em todo o mundo, todos os dias, milhares de mulheres e raparigas são vítimas de algum tipo de violência e de violações reiteradas dos seus direitos humanos, que são particularmente graves em contexto de conflitos armados, como é o caso de homicídios, violações e prisões de mulheres palestinianas em Gaza e na Cisjordânia.

Em Portugal, apesar da luta e do empenho de associações, ativistas, alguns partidos políticos, e de medidas governamentais que alertam e sensibilizam para o flagelo da da violência de género,  continuamos a deparar-nos todos os anos com números assustadores de mulheres vítimas de violência física ou psicológica, sendo que muitas morrem às mãos dos seus companheiros, ex-companheiros, maridos, ex-maridos, namorados, ex-namorados e outros agressores.

Até ao terceiro trimestre deste ano ocorreram 18 homicídios associados ao género. Embora não tenham resultado na morte das vítimas, são, também,  inúmeros os casos de atentados à  integridade física ou psicológica. Até ao terceiro trimestre de 2023 as Polícias receberam 23306 queixas, o valor mais alto dos últimos três anos, o que corresponde a 85 casos diários.  Estavam em casas-abrigo 740 mulheres.

As relações abusivas de opressão diária, que ocorrem nos crimes de violência doméstica,  violação e outras agressões sexuais, os casamentos forçados, a mutilação genital, o assédio sexual, o assédio moral em contexto laboral,  a  violência obstétrica  e outros, continuam a ser desvalorizadas, normalizadas e até legitimadas por uma sociedade estruturalmente sexista e patriarcal.

Em 2023, voltamos a marcar presença, a ocupar a rua, a lutar, a dar voz a todas as mulheres que vivem silenciadas e às que nunca mais poderão sair desse silêncio.

Erguemos as nossas vozes bem altas e em uníssono:

– Pelo fim das mortes resultantes de violência praticada nas relações de intimidade;

– Pelo fim da tortura e violência letal misógina de mulheres;

– Pelo fim das mortes de mulheres e raparigas em nome da “honra”;

– Pelo fim da violência contra mulheres e raparigas no contexto de conflitos armados;

– Pelo fim da eliminação de mulheres por causa do dote;

– Pelo fim da violência sobre mulheres e raparigas por causa da sua orientação sexual e identidade de género;

– Pelo fim do infanticídio feminino e feticídio por seleção sexual baseada no género;

– Pelo fim do assédio moral e sexual em contexto laboral;

– Pelo fim das práticas que constituem violência obstétrica;

– Pelo fim de TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!

O combate à violência de género, é uma responsabilidade de todas as pessoas e convoca-nos à tolerância zero, face a  atitudes machistas e misógenas que se manifestam não só através da morte, mas também,  de outras agressões nas mais variadas situações do quotidiano das mulheres.

Neste 25 de Novembro, à semelhança dos anos anteriores, a Plataforma Já Marchavas sai à rua contra uma sociedade estruturalmente machista, sexista, racista, homofóbica, transfóbica e patriarcal, lembrando que esta luta  é interseccional e não pode conhecer tréguas.

(em atualização)

COLETIVOS
Associação Olho Vivo – núcleo de Viseu
Bloco de Esquerda
Comissões Organizadoras das Marchas LGBTQIAP+ de Guimarães, Santo Tirso, Famalicão, Vizela e Póvoa de Varzim
HeForShe Flup
Humanamente – Movimento Pela Defesa dos Direitos Humanos
L MONSTRO
PAN Viseu
Re:Star’t
SOMOS MULHERES – Associação pela Inclusão Social
SOS Racismo

INDIVIDUAIS

Maria Inês Gomes
Leonor Moreira
Maria Estudante
Lúcia Xavier
Miguel Afonso Prazeres Lopes Cruz Pereira
Pedro de Aires
Ana Lúcia
Micael de Almeida
Tiago Resende
Daniel Morais
Beatriz Moura Pontes
Manuela Maria Coelho Antunes
Carlos Vieira e Castro
Ana Soares
Inês Fontão
Carolina Salgueiro Pereira
Maria da Graça Marques Pinto
Ana Maia
Célia Rodrigues
Cátia Henriques
Vera
Ana Beatriz Carvalho D’assenza
Joana Isabel Gomes
José Falcão
Mélany Mendes
Mariana Silva
Patrícia Cardoso
Raul Coutinho
Diana Pires Coutinho
Mariana Carneiro
Maria Afonso
Sara Simões
Mirian
Helena Figueiredo
Ana Palma
Carla Mendes
Lúcia Pereira da Cunha
Ana Brito Jorge
Carlos Silva
Catarina Teixeira
Leonor Valente
Martim de Oliveira Teixeira
Mariana Joana
Carlos Couto
Daniela Dias
Mariana Saraiva
Afonso Ribães
Fátima Teles
Ana Amado
Carolina Pia Barros Dias de Figueiredo
Diana Sousa Pereira
Carlos Vieira e Castro
Joana Machorrinho
Gina Gueidão
Cecília Cardoso
Joana de Sá
Rui Gomes
Maria Nogueiro Gomes

(em atualização)