UM MOVIMENTO EM MARCHA

A CIDADANIA NA RUA!

Assine a nossa NEWSLETTER.






5.ª Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+

09 de outubro de 2022

A 5.ª Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+ realiza-se a 09 de outubro de 2022 em Viseu.

Concentração às 15h, no Parque de Merendas do Fontelo.

Sob o mote “Um movimento em Marcha”, celebrando o caminho histórico do movimento LGBTQIA+ em Portugal, que este ano convoca mais de 20 marchas em todo o país, pretendemos a construção de um movimento político no combate à discriminação pelo fim da violência e da opressão motivada pela orientação sexual; identidade e/ou expressão de género e característica sexuais.

Em 2022, ano em que se celebram os 40 anos da Despenalização da Homossexualidade em Portugal (1982); dos 32 anos da despatologização da Homossexualidade da Lista Internacional de Doenças Mentais (OMS); e dos 17 anos da Manifestação STOP Homofobia, em Viseu, recordamos a importância da participação cidadã e coletiva na transformação política e social que fazem a democracia portuguesa.

Ainda, denunciamos a patologização da orientação sexual enquanto doença ou “comportamento de risco”; a reivindicação pelo fim das terapias de “conversão sexual”; a importância da educação sexual nas escolas; a proteção da  autodeterminação de género e características sexuais das pessoas LGBTQIA+, assim como assinalamos a construção de políticas de asilo que assegurem a segurança de todas as pessoas refugiadas/migrantes em Portugal.

A Plataforma Já Marchavas irá realizar mais reuniões ao longo dos próximos meses, sempre de espírito aberto à participação de todas as pessoas e associações. Brevemente teremos mais novidades sobre novas iniciativas para a 5.ª edição da Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+.


O cartaz 2022 é da autoria da ilustradora viseense Maria Margarida (@sleepy.kitties), que se inspirou no mote deste ano, “Um movimento em Marcha”. Cartaz de Maria Margarida e lettering de Miguel Cardoso.

🏳️‍⚧️🏳️‍🌈NOVIDADES EM BREVE!🏳️‍⚧️🏳️‍🌈





Manifesto 5.ª Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+

Um movimento em Marcha!

O caminho do movimento LGBTQIA+ em Portugal já é histórico. Em 2022, não esquecemos os 40 anos da Despenalização da Homossexualidade em Portugal, os 32 anos da despatologização da Homossexualidade da Lista Internacional de Doenças Mentais (OMS), e os 17 anos da Manifestação STOP Homofobia, em Viseu. Todos eles marcos temporais que nos mostram o início de um longo percurso, que, além do combate à discriminação, violência e opressão motivada pela orientação sexual, identidade e/ou expressão de género e características sexuais, é um caminho para o reconhecimento dos direitos humanos e da diversidade de formas de vida. Um caminho que mostra unir mais que esforços globais, mas também locais.

Ao longo dos últimos 20 anos, foram várias as conquistas jurídico-legais no reconhecimento da orientação sexual e identidade de género como princípios de igualdade e não discriminação. Contudo, apesar das conquistas políticas parecerem muitas, o impacto destes avanços não se traduziu de forma imediata na vida das pessoas, continuando a persistir desigualdades e desvantagens das pessoas LGBTIQIA+ na sociedade portuguesa.

Nos últimos dois anos de pandemia, vimos o agravar das desigualdades em todo o mundo e, sob especial medida, sobre as pessoas LGBTQIA+. Expostas a ambientes de violência, privadas de recursos fundamentais como a saúde e a habitação, demonizadas como catalisadores da doença, as vidas das pessoas LGBTQIA+ mostraram servir de combustível ao ódio. Em maio deste ano, a divulgação do vírus Monkeypox na comunicação social desvelou o estigma existente contra homossexuais, associando uma vez mais a orientação sexual a uma doença. Um estigma que facilmente nos lembra o flagelo do HIV SIDA e a perseguição às pessoas LGBTQIA+.

Se em cidades do litoral, como Porto e Lisboa, assistimos a um avanço significativo no que toca ao trabalho de estruturas representativas das pessoas LGBTQIA+, com a criação de planos municipais inclusivos das pessoas LGBTQIA+, vemos, por contraste, a falta de visibilidade, os casos de violência, e o desleixe da política local por diretivas nacionais fora dos centros urbanos. O interior continua a sofrer pela falta de recursos humanos e financeiros que garantam o acesso democrático e igualitário a serviços básicos como a saúde, a educação, o trabalho e a habitação para todas as pessoas.

A falta de informação e de formação em assuntos LGBTQIA+, quer nas escolas, hospitais, serviços de segurança e justiça, continuam a comprometer a vida de muitas pessoas LGBTQIA+ que, sentindo o estigma heteronormativo presente dos meios mais pequenos, são obrigadas a abandonar aqueles meios, emigrando, ou quando impossibilitadas de se deslocar, escolhem permanecer dentro de um enorme “armário” que tantas vezes cria situações de rutura mental, levando ao suicídio.

Considerando a vulnerabilidade e discriminação social a que estas pessoas estão sujeitas, a perseguição e bullying online, os estereótipos e piadas estigmatizantes, a difamação e violência LGBTQIA+fóbica por forças conservadoras que se erguem contra as conquistas legais mais progressistas, não só alimentam o medo, a vergonha, o isolamento social, como mostram o aumento das taxas de suicídio, proporcionalmente mais altas entre pessoas LGBTQIA+ quando comparadas com a população heterossexual.

Precisamos de quebrar o ciclo de invisibilidade que tanto marca o interior, quer com a ocupação do espaço público na reivindicação de direitos que, este ano, conta com mais de 20 marchas em todo o país, como na descentralização de estruturas de apoio que respondam às solicitações de todas as pessoas que vivem nas periferias. Precisamos de criar um diálogo, tantas vezes inexistente, entre a comunidade civil, as estruturas de governo locais e nacionais, de forma a que se descubram soluções adequadas a problemas específicos, tendo em conta a diversidade do território português.

Reconhecemos a necessidade de criar pontes entre as estruturas de poder central e local, das IPSS, associações, coletivos, ativismos e comunidade civil no combate às formas de discriminação pelo fim da violência e da opressão interseccionais. Não esquecemos a importância da participação cidadã e coletiva na transformação política e social que arquitetam a democracia portuguesa.

Neste ano em que se convocam por todo o país mais de 20 marchas LGBTQIA+, não esquecemos as lutas e direitos alcançados, como não deixamos de denunciar as formas discriminatórias baseadas na orientação sexual e identidade de género que se continuam a expressar na patologização da orientação sexual enquanto doença ou “comportamento de risco”; das terapias de “conversão sexual”; da proliferação do discurso e expressões de ódio LGBTQIA+; dos ataques do movimento “ideologia de género” às pessoas Trans, não binárias e de género fluído; à educação sexual e cidadania nas escolas; ao desleixo de uma política de asilo que não reconhece a identidade de género de pessoas migrantes/refugiadas em Portugal.

Neste sentido, apelamos à criação de sinergias estratégicas que combatam as formas de violência e desigualdade, a intolerância e o ódio dirigido a todas as pessoas LGBTQIA+. Apelamos à urgência de políticas locais que sejam capazes de dar resposta às estratégias nacionais que combatam as formas de discriminação, desigualdade e violência interseccionais. Apelamos à construção de um movimento que reconheça a diversidade enquanto princípio dos direitos humanos.

Deixamos ainda uma mensagem de solidariedade para com os povos do Brasil que lutam pelo afastamento do conservadorismo, que lutam contra o fascismo, que lutam pela sobrevivência e pelo regresso da dignidade aos seus territórios!

Mas também para quem luta, na Rússia e na Ucrânia, contra as opressões e contra a guerra. A quem, no Chile, tenta avançar e limpar o país do passado repressivo provocado pelo regime de Pinochet. A quem, na Palestina ou no Saara Ocidental, exige a autodeterminação, o direito a existir perante os ocupantes.

Recordamos, por isso, a importância da participação cidadã e coletiva na transformação política e social que fazem as democracias.

Não estamos sós!

Nós somos as lésbicas, as transexuais, os homossexuais, as bissexuais, as interssexo, as assexuais, as pansexuais, as Queer. Somos resistentes e sobreviventes! Milhares morreram, e continuam a morrer, em silêncio. E por isso devemos, todos os dias, evocar as suas memórias, aqueles/as que viveram e fizeram a diferença. Como? Marchando e ocupando as ruas. Continuemos a fazer a revolução!

Continuemos este Movimento em Marcha!

:: PROGRAMA de 8 e 9 de outubro de 2022 ::

08 de outubro
Manifestação Cultural – Carmo 81 – 21h30 (entrada livre)

RITA SENHOR – @ritasenhor
Artista e produtora LGBT portuense. Vem cantar-nos ao ouvido de amor y desamor em acordes de Rn´B, beats de Hip Hop e texturas de Trip Hop.Senhor traz-nos originais, groove & tensão, beats e histórias, mas acima de tudo, a verdade humana através da música.

MUSEOFTHEFUTURE – @il__monstro
É a dupla de DJs composta por Sara Brown e Emanuel Santoz. Apaixonaram-se em Portugal, e desde aí começaram a organizar festas, e a transformar várias pistas de dança em lugares seguros para a comunidade queer. Nos últimos anos têm partilhado a sua paixao pela dança sensual e selvagem ao som de hits pop e reggaeton em várias pistas da Europa. Porque pleasure is power, deixam-se (v)ir.

PHASER – @i_phaser
Artista visual e sonoro natural de Viseu, com 21 anos, produtore musical queer não binárie Phaser pega em paisagens sonoras e constrói um lar com elas. Tendo encontrado refúgio na cena clubbing ao longo da sua vida, Phaser apresenta sonoridades novas e melodias dignas de ficarem na nossa cabeça durante semanas, desde baladas de amor que ecoam dentro do ouvinte a velocidades ultra-sónicas, à percussão frenética e digna do dancefloor.

Estará também a decorrer uma oficina de construção de cartazes para a 5.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+. Traz companhia e vem participar neste movimento de transformação, por uma sociedade mais livre, mais justa e mais equalitária.

09 de outubro
15h – Concentração no Parque de Merendas do Fontelo e microfone aberto às organizações.

Chegada ao Rossio
Leitura do Manifesto

Momento Cultural
KRISTALL QUEEN (performance) – @kristall_queen
Kristall Queen, recente drag Queen aos 20 anos de idade decide tornar-se uma artista performance, seu crescimento foi aumentando neste último ano conseguindo participar em eventos, marchas,festas de aniversário… Ama o que faz sente-se bem como é e com isso se sente realizada, um grande sonho se tornou realidade tudo é possível.

RICARDO CARVALHO (momento musical) – @ricardoddcarvalho
Ricardo é um artista de música eletrónica e DJ que explora a performance e combinação de instrumentos acústicos, eletrónicos e o processamento de som. Para além de participar em vários projetos, lançou recentemente o seu primeiro álbum a solo que tem vindo a apresentar pelo país.

ORGANIZAÇÕES

Amar-Açores pela diversidade
ArDemente Associação Artística
As Cores dos Açores
Associação Queer Tropical
Associação Anémona
Associação Recreativa e Cultural de Santa Cruz da Trapa
Associação Juvenil Visiunarte ateliês de teatro e dança
Associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo
Associação de Estudantes do Liceu Camilo Castelo Branco
Bloco de Esquerda
Climate Save Portugal
Covilhã a Marchar
Dezanove.pt
EcosAção
esQrever
Gentopia
Grupo de Apoio a Pessoas Queer
IL MONSTRO
Livre
Lisbon Gay Circuit
LGBTQI Esposende
Olho Vivo – Associação para e Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos – Núcleo de Viseu
Marcha do Orgulho do Porto
Marcha do Orgulho de Santarém
Marcha LGBTQIAP+ de Guimarães
Marcha LGBTQIAP+ de Famalicão
Marcha LGBTQIAP+ de Vizela
Marcha de Esposende
Mangual em Movimento
Movimento Virgínia Moura
Movimento Muito Mais Viva Que Morta
Núcleo Feminista de Évora
Out Ciências
PAN Viseu
Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
Portugal Gay
Poly Portugal
Porto Gay Circuit
Pride Valley
Projeto Identidade
SintraFriendly – Colectivo Juvenil LGBTIQA+ de Sintra e Apoiantes
Slutwalk Porto
SOS Racismo
The Revolution Will Not
UMAR Viseu
Volt Portugal

EM NOME INDIVIDUAL

Adelaide Osório
Ana Amado
Ana Carvalho
António Ribeiro
Beatriz Batista
Carla Nascimento
Carlos Alberto Matias do Couto
Carlos Rodrigues
Carolina Gomes
Carla Marisa Antunes Gomes
Carla Monteiro
Carlota Duarte
Catarina Pires
Cecília Cardoso
Célia Rodrigues
David Filipe dos Santos
Daniel Alexandre dos Santos Morais
Daniela Rodrigues
Diana Pereira
Diogo Barros
Duarte Costa
Elsa Batista
Fabíola Cardoso
Henrique Jesus
Inês Coelho
Ismael
João Carvalho
João Moreira
João Paulo Rodrigues Martins Pedroso
João Pedro
José Palhares Falcao
Jovana Paixão
Jorge Raposo
José Bernardo Martins de Almeida e Silva
José Miguel Silva Lopes
Kris Álvaro Pinto
Leonor de Carvalho Homem
Lúcia Maria de Abreu Vilhena
Miguel Rodrigues Cardoso
Mafalda Alves
Mário Barbeira
Marta Almeida
Marta Hipólito
Maria Margarida Pessanha
Maria Francisca Ramos Hintze Delgado
Marco Graça
Manuela Maria Coelho Antunes
Mariana Sousa Reis
Mélany Mendes
Patrícia Cardoso
Pedro de Aires
Pedro Pinto
Pedro Toipa
Rafael Esteves
Raul Coutinho
Ricardo Carvalho
Ricardo Isaías
Ricardo Lopes
Sílvia Meneses
Tiago Resende Araújo Ferreira
Thayná Mendes de Abreu
Vitor Manuel Pires Manteigas Moreira

PODES AJUDAR A ORGANIZAÇÃO DA 5.ª MARCHA DE VISEU PELOS DIREITOS LGBTQIA+

Estamos a vender o cartaz da marcha em 3 formatos (POSTAL – 2€ / A5 – 5€ / A3 -10€). ENVIA mensagem privada no Instagram ou Facebook ou por email (marchaviseu@gmail.com), com o assunto “CARTAZ’22”, NOME e FORMATO/QUANTIDADES.


Também estamos a vender rifas (a 1€).

É da noite para o dia que faremos a revolução, que começa no dia 8 de outubro (sábado), no Carmo 81, pelas 21h30. A entrada é livre e o espírito é de luta!

Propomos três senhas, de três artistas. Ouvidas as três senhas, a revolução entra em curso!

RITA SENHOR – @ritasenhor
Artista e produtora LGBT portuense. Vem cantar-nos ao ouvido de amor y desamor em acordes de Rn´B, beats de Hip Hop e texturas de Trip Hop.Senhor traz-nos originais, groove & tensão, beats e histórias, mas acima de tudo, a verdade humana através da música.

MUSEOFTHEFUTURE – @il__monstro
É a dupla de DJs composta por Sara Brown e Emanuel Santoz. Apaixonaram-se em Portugal, e desde aí começaram a organizar festas, e a transformar várias pistas de dança em lugares seguros para a comunidade queer. Nos últimos anos têm partilhado a sua paixao pela dança sensual e selvagem ao som de hits pop e reggaeton em várias pistas da Europa. Porque pleasure is power, deixam-se (v)ir.

PHASER – @i_phaser
Artista visual e sonoro natural de Viseu, com 21 anos, produtore musical queer não binárie Phaser pega em paisagens sonoras e constrói um lar com elas. Tendo encontrado refúgio na cena clubbing ao longo da sua vida, Phaser apresenta sonoridades novas e melodias dignas de ficarem na nossa cabeça durante semanas, desde baladas de amor que ecoam dentro do ouvinte a velocidades ultra-sónicas, à percussão frenética e digna do dancefloor.

Estará também a decorrer uma oficina de construção de cartazes para a 5.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+. Traz companhia e vem participar neste movimento de transformação, por uma sociedade mais livre, mais justa e mais equalitária.