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7.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+

12 de outubro de 2024

🏳️‍🌈 7.ª Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+ realiza-se a 12 de outubro de 2024 em Viseu.

🏳️‍⚧️ Concentração às 15h30, no Parque Aquilino Ribeiro.

🏳️‍🌈 Sob o mote “De cravo ao peito contra o preconceito” assinalamos sete anos de marchas de luta pelos direitos LGBTQIA+ em Viseu, sete anos de resistência e de memória queer no interior e 50 anos da revolução que permitiu a construção de um movimento político pelos direitos LGBTQIA+ em Portugal.

🏳️‍⚧️ 50 anos depois, o movimento LGBTQIA+ e Feminista consolidou-se, uniu-se, e as conquistas jurídico-legais alcançadas foram muitas. 50 anos depois, cerca de 30 marchas ocupam as ruas de todo o país para reivindicar direitos LGBTQIA+ e para garantir que não são revertidos.

Manifesto da 7.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+

Subscrever o Manifesto

“De cravo ao peito contra o preconceito”

Em 2024 assinalamos sete anos de marchas de luta pelos direitos LGBTQIA+ em Viseu, sete anos de resistência e de memória queer no interior. Assinalamos também 50 anos da Revolução que permitiu a construção de um movimento político pelos direitos LGBTQIA+ em Portugal.

Na madrugada do 25 de abril de 1974 a liberdade saiu à rua derrubando, em menos de 24 horas, 48 anos de ditadura, um regime que criminalizava e perseguia as minorias sexuais.

Porém, ainda que o 25 de abril trouxesse consigo uma onda de transformações sociais não conseguiu com isso garantir que a liberdade chegasse a todas as pessoas.

A 13 de maio de 1974 era publicado no “Diário de Lisboa” o manifesto “Liberdade para as Minorias Sexuais”, do Movimento de Ação dos Homossexuais Revolucionários (MAHR). O manifesto recebeu uma violenta reação por parte do General Carlos Galvão de Melo, que tornara pública a sua posição quanto à revolução “não tinha sido feita para “putas e paneleiros!”.

A afirmação demonstrava o longo caminho que teríamos ainda de percorrer para que a liberdade fosse alcançada por todas as pessoas.

Vimos este ano, na comemoração do cinquentenário da Revolução dos Cravos, com um cenário político incerto que nos arrastara às urnas, que a História não nos vacina contra nada. Por infeliz ironia, por cada ano de liberdade foram eleitos um total de 50 deputados da ala da extrema-direita, os mesmos que saúdam os velhos tempos do antigo Estado fascista. Convictos na restrição da liberdade de escolha e equidade de oportunidades, com o objetivo claro de espalhar desinformação e ódio, fazem confundir estes direitos com o que dizem ser “doutrinação ideológica” e/ou ideologia de género.

A instrumentalização das crianças ao invocar falsamente preocupações com a sua segurança; a criação de distorções em torno da diversidade de género e orientação sexual; a censura e proibição de livros de temática LGBTI; o assédio quotidiano a famílias arco-íris; os crimes de ódio e as taxas de violência orquestradas contra pessoas LGBTQIA+ são apenas alguns dos tantos ataques ao caminho que se têm trilhado no que toca à liberdade de escolha e não discriminação no país. Circunstâncias que mostram não só resistência a qualquer tipo de mudança face às diferentes formas de desigualdade como contribuem para as reforçar.

A par disto vemos a falta de sensibilização e de vontade política para combater este assalto à democracia portuguesa e aos direitos das minorias sexuais.

Segundo o relatório da Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia, lançado a 14 de maio deste ano, é apontado o aumento da violência e assédio contra as pessoas LGBTQIA+ na Europa. Portugal mostra não ser exceção, sendo que 38% da comunidade LGBTQIA+ mostra já ter sido discriminada por conta da sua sexualidade, identidade de género, expressão de género, ou características sexuais no país.

A situação mais grave, na qual Portugal supera a média europeia pela negativa, diz respeito ao bullying nas escolas. 74% da população LGBTQIA+ portuguesa já foi sujeita a bullying por colegas, nomeadamente através de ridicularização, insulto e ameaça, quando a média europeia é 67%. Os estudantes LGBTQIA+ continuam a ser intimidados por outros estudantes e ridicularizados por professores em algumas salas de aula. O que nos dizem os aurautos do evangelho e da proteção das crianças acerca destes números?

Por outro lado, o aumento do custo de vida e a crise geral da habitação, mostram afetar pessoas LGBTQIA+ de forma desproporcional. Segundo a Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia, pessoas LGBTI representam quase metade da população sem-abrigo na Europa, sendo os jovens LGBTQIA+ uma das comunidades em maior risco de exclusão habitacional e de sem abrigo.

Ao nível da saúde, as questões mais diretamente ligadas à população LGBTQIA+ permanecem ausentes e a consciencialização sobre os temas é deixada à iniciativa individual dos profissionais de saúde. A falta de formação e de atualização nas práticas contribui para perpetuar a inadequação da intervenção, a invisibilidade e, frequentemente, a discriminação de pessoas LGBTQIA+.

Não há orgulho no genocídio!

Deixamos ainda uma mensagem de solidariedade para com os povos que lutam pela sua libertação, no Saara Ocidental, na Ucrânia, e na Palestina. Israel continua a impôr um regime de apartheid e de limpeza étnica sobre o povo palestiniano. Não há orgulho no apartheid, pelo que condenamos o pinkwashing praticado pelo Estado de Israel e exigimos o fim da ocupação e da colonização dos territórios palestinos. Israel leva a cabo um genocídio com mais de 40 mil mortos na Faixa de Gaza até ao momento, dos quais 15 mil são crianças.

O movimento Queer em Portugal não pode nem tolera que em nosso nome, em nome de uma causa de direitos humanos, se pratique a guerra e que se imponha um regime imperialista. Não toleramos que se mate e oprima todo um povo, sob uma falsa imagem de tolerância para com a causa LGBTQIA+. Não em nosso nome!

Exigimos por isso o cessar-fogo imediato da agressão a Gaza, o fim da ocupação militar que coloniza o povo da Palestina e a Paz no Médio Oriente!

Para combater o ódio, a discriminação e a intolerância contra as pessoas LGBTQIA+ precisamos de medidas que se traduzam em respostas concretas. É altura de assegurar as especificidades da população LGBTQIA+, por isso:

Reivindicamos bem estar e integração social; autonomia e autodeterminação para todas as pessoas, também aqui no interior do país;

Reivindicamos habitação acessível; empregos estáveis; cidades sustentáveis; a promoção da equidade e a valorização da diferença; 

Reivindicamos o exercício do direito das crianças e jovens à autodeterminação da identidade e expressão de género e do direito à proteção das suas características sexuais;

Reivindicamos o reforço dos serviços de saúde mental nas escolas e nas comunidades, incluindo as LGBTQIA+;

Reivindicamos o reforço de centros de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ em situação sem abrigo; 

Reivindicamos a garantia que vítimas de discriminação, intimidação ou assédio relacionados com a orientação sexual ou a identidade de género recebam proteção e apoio;

Reivindicamos a educação sobre igualdade de género, diversidade sexual, direitos em matéria de saúde sexual e reprodutiva e prevenção da violência;

Reivindicamos respostas públicas para o envelhecimento com dignidade das pessoas LGBTQIA+;

Reivindicamos políticas públicas que permitam a possibilidade de exercer as nossas escolhas de acordo com a nossa consciência.

Para que cada pessoa possa ser o que quiser. 

Para que cada pessoa tenha a possibilidade de realizar os seus sonhos.

Nem menos nem mais, direitos iguais!
De Cravo ao peito contra o preconceito!
25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!

12 de outubro.

MARCHA

15h30 – Concentração no Parque Aquilino Ribeiro e microfone aberto às organizações
Chegada à Escola Emídio Navarro – Leitura do Manifesto

19h – Jantar no Lugar do Capitão (inscreve-te aqui)

MANIFESTAÇÃO CULTURAL

21h30 – Abertura de portas do Círculo de Criação Contemporânea de Viseu – Polo II
02h00 – Fim

(em atualização)

ORGANIZAÇÕES

Associação ILGA Portugal
Ardemente Associação Artística
beSafe
Bloco de Esquerda
DiEM25
Coletivo Joe
Covilhã a Marchar
Dezanove.pt
Grupo Performativo Re:Star’t
IL MONSTRO
Leituras Queer
LIVRE
MARALHA – Coletivo de Intervenção Artística e Cultural
Olho Vivo
Opus Diversidades
PAN Viseu
PATH – Plataforma Anti Transfobia e Homofobia de Coimbra
PolyPortugal
SintraFriendly – Colectivo Juvenil LGBTIQA+ de Sintra e Apoiantes
SOS Racismo
UMAR
União dos Sindicatos de Viseu – CGTP/IN

EM NOME INDIVIDUAL

Helder Bértolo
Carlos Couto
Ana Bento
Carlota Duarte
Manuela Maria Coelho Antunes
Carla Monteiro
Tiago Resende
Patrícia Cardoso
Célia Rodrigues
Ricardo Isaías
Jô Lima
Catarina Vieira e Castro
Maria da Graça Marques Pinto
Rita Marques Pinto Simões
Jaime Pinho
João Pinheiro
Alistair
Joana Isabel Gomes
Andreia Correia
José Miguel Lopes
Pedro de Aires
Tânia Santos
Maria Inês Figueiredo Gomes
Lara Castro
Inês Antunes
Daniel Morais
Marta Mortágua
Pedro Veiga
Maria Estudante
Carlos Motaco
Pedro Leitão
Thaís Marçon
Carolina Pia
Ana Carolina Gomes
Mário Camões
Pedro Caçador
Nuno Sousa Oliveira
Maria Benedita Forte
Filipe Medeiros
Lara Teixeira
Fabíola Cardoso
Carlos Duque
Pedro Marques
Maria Adelaide Rosa Osório
Raul Coutinho
Daniela Carvalho
Micael de Almeida
André Fiúza
David Rodrigues

A Marcha não acaba na rua. Continua no Círculo de Criação Contemporânea de Viseu – Polo II (CCCV – Polo II), de noite. A revolução acontece dia 12 de outubro (sábado), no CCCV – Polo II, pelas 21h30 (abertura de portas). A entrada é livre e o espírito é de luta!

 

PARTY 90’S

Venham recordar noventamente os hits com Raul Coutinho.
Boom boom boom i want you in my Room.
Let’s spend the night together.

DAVI SANTIAGO

Davi Santiago, artista brasileiro de 20 anos, traz em suas canções todo o sentimento que nasce à partir de reflexões sobre o Tempo, a Natureza e o Amor.

PORCELANA FT. RE:STAR’T

Performance drag inspirada em artistas queers com backup dancers

ROBERTO TERRA

Ator, criador, dramaturgo e audiodescritor de profissão. DJ, cantor e bailarino de chuveiro.

Anexos

2018 – 2024 : Plataforma Já Marchavas – marchaviseu@gmail.com