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Glossário

Página em atualização!

Seleção de palavras recolhidas nas seguintes fontes: site da ILGA Europa; site do Instituto Europeu para a Igualdade de Género; site da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego; “isto não é um glossário: in/definições de géneros e sexualidades” da Associação Gentopia. O Glossário completo pode ser consultado aqui.

A

agénero

pessoa com identidade/ identificação de género neutra (vd. género neutro).
pessoa que não se identifica com nenhum género.
pessoa que recusa o género no desenvolvimento dos seus processos identitários
(Fonte: Gentopia)

aliada/o/e

alguém que, independentemente das suas pertenças a determinadas categorias (e.g., idade, classe, género, racialização, etnia, orientação sexual, identidade de género, nacionalidade, religião, etc.), se associa a lutas pela defesa dos direitos humanos de populações histórica, económica e socialmente excluídas
(Fonte: Gentopia)

alossexualidade

a vivência e experiência de atração sexual de forma
normativa. o oposto de assexualidade
(Fonte: Gentopia)

assexualidade

é muitas vezes conceptualizada como uma orientação sexual na qual as pessoas revelam pouca, ou nenhuma, atração sexual por qualquer pessoa independentemente da sua identidade/ identificação quanto ao género.

uma pessoa assexual tende a não experienciar atração sexual.

a população assexual é muito heterogénea. embora muitas pessoas se identifiquem com a definição de falta de atração sexual, existe um amplo espectro entre as possibilidades de “assexual” e de “muito sexual”, com diferentes experiências e vontades nas suas sexualidades, sendo que muitas pessoas se identificam numa área cinzenta que percebem como mais próxima de ser assexuada do que a maioria das pessoas alossexuais.

uma pessoa assexual pode querer ou decidir envolver-se em atividades sexuais por vários motivos, e.g., como forma de demonstrar afeto, vontade de procriar, para satisfazer a curiosidade, etc.

a assexualidade é frequentemente reconhecida como sendo um termo guarda-chuva, isto é, não pretende refletir uma descrição exaustiva das atitudes e orientações prevalentes entre as identidades/ identificações assexuais. e por isso, a assexualidade engloba um grau significativo de heterogeneidade relativo às razões pelas quais esta identificação faz sentido a cada pessoa assexual
(Fonte: Gentopia)

assédio sexual

Todos os comportamentos indesejados, percecionados como abusivos, de natureza física, verbal ou não verbal, podendo incluir tentativas de contacto físico perturbador, pedidos de favores sexuais com o objetivo ou efeito de obter vantagens, chantagem e mesmo uso de força ou estratégias de coação da vontade da outra pessoa. Geralmente são reiterados podendo, também, ser únicos e de carácter explícito e ameaçador.
(Fonte: Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego)

autodeterminação

direito humano para que cada pessoa seja agente causal da sua vida, faça escolhas autodeterminadas, tenha uma participação ativa na sua vida e na sociedade, e possa tomar decisões sobre si, sobre o seu corpo e sobre a sua expressão de género, de acordo com a sua autoidentificação.

a autodeterminação abrange a autonomia e a autorresponsabilidade
(Fonte: Gentopia)

B

bicha

jargão muito utilizado entre algumas pessoas LGBTQIA+.

adjetivo que, quando utilizado sem ser em processo de autonomeação, é usado de modo pejorativo, como um insulto, dirigido predominantemente a homens, de forma a questionar a sua masculinidade (vd. masculinidade).

este termo tem vindo a ser ressignificado da noção de insulto, predominantemente entre pessoas que se identificam como queer (vd. queer), e reapropriado e utilizado de forma a traduzir o laço da partilha de experiências e vivências, assim como uma expressão de ternura.

a utilização deste termo, particularmente no âmbito de uma autoidentificação, traduz muitas vezes resistência ao potencial homonormativo da expressão gay, procurando deselitizar do gay, num combate ativo ao genderismo (vd. genderismo), sustentado pelas hetero e homonormatividades (vd. heteronormatividade, homonormatividade)
(Fonte: Gentopia)

bissexual

pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas identificadas com o mesmo e com diferentes sexos/géneros. pessoas bissexuais podem sentir-se atraídas por pessoas cis (vd. cis/cisgénero), por pessoas trans* e/ou não binárias. para algumas pessoas, a identidade/identificação bissexual traduz apenas atração afetiva e/ou sexual por pessoas cis-género, traduzindo vivências restritas ao binarismo de género.

contudo, para muitas pessoas, a sua identidade/identificação como bissexual traduz uma atração sexual e emocional por pessoas com diversos sexos/géneros, não necessariamente ao mesmo tempo, não necessariamente da mesma forma, e não necessariamente no mesmo grau. existe uma grande diversidade de identidades, identificações e expressões de género entre as pessoas bissexuais, sendo muitas vezes a bissexualidade vista como um termo guarda-chuva que pode incluir a pansexualidade, polissexualidade, homo e heteroflexibilidade, entre outras orientações. assim, bissexual pode ser um termo inclusivo
(Fonte: Gentopia)

C

características sexuais

conjunto de atributos físicos e biológicos que abrange as características sexuais primárias, como por exemplo os órgãos genitais (vulva, vagina, pénis), os níveis hormonais, e as características sexuais secundárias, manifestas nomeadamente em massa muscular, mamas, distribuição capilar, altura e tom de voz.

estas características são conservadoramente agrupadas em duas categorias distintas (vd. mulher, homem), contudo, a grande variedade de características organiza-se ao longo de um espectro de inúmeras combinações, sendo que todos os corpos são diferentes e existe muita variabilidade para além dessas duas categorias (vd. intersexo)
(Fonte: Gentopia)

cis/cisgénero

pessoa cuja identidade/ identificação de género corresponde ao sexo/género binário que lhe foi atribuído à nascença (vd. género binário)
(Fonte: Gentopia)

cisnormatividade

sistema de crenças tácitas que institucionalizaram sistema de sexo e género como binário e absoluto. este sistema contribui para uma organização social que apenas contempla pessoas cisgénero (vd. cisgénero), ou seja, privilegia as experiências, vivências e necessidades destas pessoas em detrimento de pessoas não cisgénero.

a cisnormatividade, paradigma dominante na sociedade ocidental, é responsável pela manutenção uma visão de género reducionista e binária da humanidade
(Fonte: Gentopia)

cidadania

por vezes designada como «direito a ter direitos». Condição de que beneficiam todas as pessoas pelo facto de pertencerem a uma determinada comunidade nacional ou internacional, e que lhes atribui direitos e deveres para com o Estado, as autoridades, as instituições sociais e os demais cidadãos. Implica cada vez mais um estatuto de universalidade e de igualdade (por exemplo, os cidadãos nacionais e os cidadãos estrangeiros e apátridas terão os mesmos direitos e deveres, fora algumas excepções).
(Fonte:
Fundação Francisco Manuel dos Santos)

 

crime de ódio

atos criminosos contra pessoas que são identificadas como pertencentes a uma população histórica, económica e socialmente excluída, que a torna alvo de preconceito e/ou hostilidade. os crimes de ódio são motivados por esse preconceito e/ou hostilidade e incluem ataques à propriedade, ameaças, agressões verbais, roubos, intimidação, atos de violência, espancamentos, violação, agressão sexual, tortura e/ou homicídio
(Fonte: Gentopia)

D

discriminação

qualquer prática de distinguir ou excluir que tenha por objetivo ou efeito colocar uma pessoa, ou grupo de pessoas, em situação de desvantagem em razão de pertença a determinadas categorias (e.g., idade, classe, género, racialização, etnia, orientação sexual, identidade de género, nacionalidade, religião, etc.)
(Fonte: Gentopia)

discurso de ódio

difusão, incitação ou justificação pública, por qualquer meio (escrito, oral, audiovisual, etc.), do preconceito, da discriminação ou da violência contra uma pessoa ou grupo de pessoas em razão de pertença a determinadas categorias (e.g., idade, classe, género, racialização, etnia, orientação sexual, identidade de género, nacionalidade, religião, etc.)
(Fonte: Gentopia)

diversidade

referente à variedade e multiplicidade de experiências e vivências humanas, que vão muito para além do sistema ocidental e hetero/cisnormativo (vd. heteronormatividade, cisnormatividade).

diversidade humana pretende traduzir o conjunto de experiências e vivências da variedade de populações e de culturas por todo o mundo
(Fonte: Gentopia)

drag

diz respeito a uma performance de adaptação de vestuário, acessórios, expressões e posturas que social e historicamente têm vindo a ser associados aos géneros binários. o objetivo é o jogo, o entretenimento e/ou o erotismo.

não se deve confundir com a palavra crossdresser. outras palavras comuns para drag em Portugal são transformista ou travesti.

drag king alguém que faz uma performance de género social e historicamente atribuída a homens.

drag queen alguém que faz uma performance de género social e historicamente atribuída a mulheres.
(Fonte: Gentopia)

E

equidade

reconhecimento das características específicas de pessoas singulares ou grupos sociais para garantir igualdade e justiça
(Fonte: Gentopia)

expressão de género

corresponde a um conjunto de atributos que podem, ou não, ser observados e significados em processos de des/identificações de género, incluindo o vestuário, acessórios, corporalidade, postura, entre outros.
(Fonte: Gentopia)

a expressão de género, tal como a identidade de género e as características sexuais, começou por ser entendida de forma binária e essencialista. contudo, existe uma grande variabilidade de expressões de género não comprometidas com expectativas normativas de género

F

femicídio, feminicídio

assassínio que é motivado por misoginia (vd. misoginia) e direcionado a mulheres cisgénero, mulheres transgénero e/ou a pessoas socialmente lidas enquanto mulheres
(Fonte: Gentopia)

feminismos

movimentos sociais e políticos que lutam pela igualdade no exercício dos direitos humanos, para todas as pessoas.

os feminismos não são o oposto de machismo, já que este último vem afirmar a superioridade e dominância do “sexo masculino”, com base numa divisão estrutural e assimétrica de papéis sociais na esfera pública e privada.

os feminismos visam a promoção da equidade de género, e existe uma grande diversidade de movimentos e posicionamentos teóricos feministas 2 que têm vindo a acompanhar a história dos feminismos. frequentemente, organiza-se esta perspetiva histórica através de vagas 3, contudo, esta organização não é consensual, pelo que pode tender para um reducionismo simplificador da diversidade de perspetivas e posicionamentos, assim como incorre o risco da promoção da ideia errada de que as abordagens, discussões e teorias de cada uma dessas vagas foram sucessivamente “ultrapassadas” pelas vagas seguintes
(Fonte: Gentopia)

G

género

sistema social de constrangimentos educativos, legislativos, sociais e económicos, composto por normas, isto é, expectativas sociais que prescrevem comportamentos, vestuário, atitudes, pensamentos, corporalidade, relacionamentos, entre outros.

mecanismo pelo qual as noções de masculino e feminino são (re)produzidas e naturalizadas, marcando as suas diferenças num sistema binário, ou seja, que apenas contempla duas possibilidades de fazer o género (feminino ou masculino), mas pode, também, ser o aparelho pelo qual tais termos são desconstruídos e desnaturalizados.

termo vulgarmente utilizado como critério classificatório e substituto de sexo (vd. sexo), sendo que ambos os constructos (sexo e género) continuam a manter relações de ambiguidade, quer pela utilização arbitrária, quer pela fusão dos conceitos.

é algo que se faz e não uma propriedade que se tem.

é performativo, diz respeito a um conjunto de atos e gestos socialmente construídos, cuja reiteração contribui para a ação de fazer o género
(Fonte: Gentopia)

género neutro

uma forma de linguagem que tem como objetivo eliminar a referência ao sexo/género na descrição das pessoas, incluindo a utilização de linguagem não binária inclusiva e a utilização de pronomes pessoais neutros. em vez de utilizar o falso neutro para a referência ao plural de, por exemplo, “amigos”, ou uma descrição binária dessa palavra, como “amigo/a”, uma aplicação de género neutro concretiza-se em “amigue(s)”. os pronomes pessoais de género neutro podem ser el, il, elu, ou outro formato, prevalecendo a escolha pessoal.

uma pessoa que se identifique como tendo um género neutro pode identificar-se como agénero (vd. agénero).

este termo pode também ser aplicado a vestuário, brinquedos ou outros produtos que não se associem com a sua aplicabilidade a um sexo/género
(Fonte: Gentopia)

I

identidade de género

experiência interna e individual relativa ao género, sentida por cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo/género atribuído à nascença. concretiza-se no modo como cada pessoa experiencia, exprime e se percebe em relação ao género.
(Fonte: Gentopia)

identidade sexual

experiência interna e individual relativa às sexualidades, sentida por cada pessoa, sobre as suas preferências sexuais e que se podem expressar através da orientação sexual, de sentimentos ou de atitudes em relação ao sexo e à sexualidade. concretiza-se no modo como cada pessoa se percebe sexualmente e vivencia as suas sexualidades.
(Fonte: Gentopia)

idadismo

sistema generalizado de preconceito e discriminação que marginaliza as pessoas com base na idade. Isto pode ser perpetuado através de estereótipos de juventude versus vida em idade avançada e através de políticas opressivas que subordinam e excluem os mais velhos. O preconceito contra a idade pode afetar diferentes faixas etárias para além dos mais velhos, como os mais novos, que são estereotipados como incapazes de tomar grandes decisões.
(Fonte: LGBTQIA Resource Center)

igualdade de género

refere-se a uma questão de direitos humanos e a uma condição de justiça social que exige que todas as pessoas, independentemente da identificação quanto ao sexo/género, tenham igualdade de oportunidades, de rendimentos, de direitos e de deveres, em todos os domínios, como no acesso à educação, nas oportunidades no trabalho e na carreira profissional, no acesso à saúde, no acesso ao poder e influência, entre outros.

com a igualdade de género pretende-se acabar com todas as formas de discriminação, de violência e de práticas nocivas em função do sexo/género, bem como garantir a participação plena, ativa e efetiva nas tomadas de decisão na vida política, económica e pública a todas as pessoas
(Fonte: Gentopia)

interseccionalidade

conceito e ferramenta de análise criado por Kimberlé Crenshaw, teórica negra norte americana, em 1989.

pretende examinar como as várias categorias social e culturalmente construídas (e.g., idade, classe, género, racialização, etnia, orientação sexual, identidade de género, nacionalidade, religião, etc.) interagem a múltiplos níveis manifestando-se em termos de desigualdade social.

um olhar interseccional implica uma análise cruzada das diferentes categorias, e não a sua mera soma, pelo que a desigualdade resulta de cada cruzamento único e qualitativamente diferente em função das interseções vividas por cada pessoa ou grupo de pessoas, criando sistemas de opressão que refletem as múltiplas formas de discriminação
(Fonte: Gentopia)

J

justiça social

pretende a equidade de direitos e a solidariedade coletiva.

este conceito surge em meados do século XIX em torno de situações de desigualdade social, e pretende traduzir a procura de equilíbrio entre grupos sociais desiguais, por meio da criação de mecanismos de proteção e de promoção de pessoas e grupos em lugares desprivilegiados. i.e., ações afirmativas.

distingue-se por não pretender um olhar incisivo sobre as realidades sociais, mas sim compensar as desigualdades que estas realidades constroem
(Fonte: Gentopia)

L

LGBTQIA+

sigla usada para referir de forma conjunta as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, transgénero, transexual, queer, intersexo, assexuais, aliades (vd. aliadas/os/es) + todas as diversas possibilidades de orientações sexuais, identidades/ identificações e/ou expressões de géneros.
(Fonte: Gentopia)

liberdade

É utilizada aqui sobretudo como uma espécie de direito fundamental que é caracterizado por um exercício autónomo independente de uma determinada conduta ou vontade, geralmente associada a direitos pessoais e civis ou cívicos, como a própria liberdade cívica, mas também a liberdade de expressão, o direito de reunião e manifestação, as liberdades económicas, etc.
(Fonte: Fundação Francisco Manuel dos Santos)

liberdade de expressão

direito de uma pessoa manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por qualquer entidade governamental ou social. é um direito humano protegido pela declaração universal dos direitos humanos e pelas constituições de vários países democráticos, como é o caso de Portugal
(Fonte: Gentopia)

lugar de fala

Posição social ocupada por uma ou um grupo de pessoas, atravessada pelas opressões e privilégios enraizados nas desigualdades sociais. (Ribeiro, Djamila. O que é lugar de fala? Coleção Feminismos Plurais.)
(Fonte: site Regional de Psicologia do Paraná)

M

machismo

historicamente refere-se ao conjunto de normas, atitudes e/ou traços socioculturais que sustentam ou simulam espaços de poder a homens com a finalidade, implícita e/ou explícita, de manter a submissão das mulheres, e outras minorias de género, a todos os níveis: sexual, procriativo, profissional e afetivo e comportamental.

é uma forma de preconceito, intolerância e discriminação fundamentada pela crença de que pessoas identificadas à nascença como homens são superiores a todas as outras pessoas
(Fonte: Gentopia)

misoginia

ódio ou depreciação de mulheres, feminilidades e, por extensão, de tudo que está associado com os
estereótipos e traços binários tidos como femininos.
(Fonte: Gentopia)

N

neoliberalismo

sistema socioeconómico que preconiza a intervenção reduzida do estado na economia, privilegiando as privatizações, assim como defende a desregulamentação da força de trabalho e o enfraquecimento das forças sindicais, o que se traduz na diminuição dos direitos do trabalho e em alterações no padrão médio de vida da classe trabalhadora.

destaca-se um individualismo radical, em detrimento dos valores de solidariedade social, sendo a desigualdade esperada e desejada. valorizam-se as forças de mercado, fomenta-se a sociedade de consumo e estimula-se a competição económica à escala global.
(Fonte: Gentopia)

não binarismo

um adjetivo que descreve uma pessoa que não se identifica exclusivamente como homem ou mulher. As pessoas não binárias podem identificar-se como sendo homem e mulher, algo entre os dois, ou como estando completamente fora destas categorias. Embora muitos também se identifiquem como transgénero, nem todas as pessoas não-binárias o fazem. Não binário também pode ser utilizado como um termo abrangente que abrange identidades como agénero, bigénero, género queer ou género fluido.
(Fonte: tradução livre do site do HRC Foundation)

O

orientação sexual

pode traduzir uma possível direção ou padrão de atração afetiva e/ou sexual por outras pessoas, associado (ou não) com as suas identificações de género, existindo uma grande diversidade a este nível (vd. heterossexual, gay, lésbica, bissexual, pansexual).

algumas pessoas experienciam uma identificação ao nível da orientação sexual como estática ao longo de toda a sua vida, construindo uma identidade sexual (vd. identidade sexual) em torno dessa identificação; outras pessoas experienciam uma maior fluidez ao longo da sua vida, recusando-se a categorizar as suas experiências e vivências de sexualidade ao longo da vida.
(Fonte: Gentopia)

P

patriarcado

sistema social no qual os homens e/ou as figuras da masculinidade mantêm o poder primário, predominando em funções de liderança política, autoridade moral e privilégio social.

implica desigualdades de poder que se traduzem na superioridade do homem em todos os aspetos de uma organização social.
(Fonte: Gentopia)

pinkwashing

termo referente à apropriação de temáticas LGBTQIA+ com o objetivo de promover uma organização particular ou estatal, ocultando a ausência de políticas intencionalmente inclusivas.

refere-se a empresas ou instituições que afirmam apoiar a comunidade LGBTQIA+, contudo, agem com o objetivo exclusivo da promoção comercial de uma determinada marca ou campanha, sem um compromisso tangível com o apoio e promoção dos direitos humanos da população LGBTQIA+, nem com a luta pela diversidade e liberdade sexual e de género de toda a humanidade.
(Fonte: Gentopia)

Q

queer

inicialmente reportava-se a um insulto, à ideia de algo estranho, esquisito, e/ou não conforme. constituía não só uma injúria, mas uma interpelação que construía um sujeito marcado pela patologização, criminalidade, exclusão social e pelo insulto.

a apropriação deste termo reporta-se principalmente à reformulação e inversão de significados em torno de um insulto, ressignificando-o. este processo implicou que o termo queer passou a ser usado como forma de designação e/ou identificação, que critica e resiste às noções essencialistas de identidade.

teoria queer traduz um posicionamento teórico de recusa da fixidez identitária e de promoção de formas particularmente resistentes à imposição da heterocisnormatividade (vd. heteronormatividade, cisnormatividade).
(Fonte: Gentopia)

R

racismo

teoria sem quaisquer fundamentos científicos que defende a existência de uma hierarquia entre grupos humanos, definidos segundo carateres físicos e hereditários como a cor da pele, atribuindo aos grupos considerados superiores o direito de dominar ou mesmo suprimir outros considerados inferiores.

atitude preconceituosa e discriminatória contra indivíduos de determinada(s) etnia(s).

sistema político ou social que promove a discriminação de determinada(s) etnia(s) ou grupo(s).
(Fonte: Infopédia)

racismo estrutural

racismo estrutural é um conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas e culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia algumas raças em detrimento de outras. O termo é usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base no racismo, que favorecem pessoas brancas e desfavorecem negros e indígenas. Falar de racismo estrutural é lembrar as questões centrais que mantêm esse processo longo de desigualdade entre brancos e não brancos que se desdobram no genocídio de pessoas negras e indígenas, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra mulheres. Portanto, racismo estrutural é o conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial.
(Fonte: site Regional de Psicologia do Paraná)

S

sair do armário

traduz o processo de uma pessoa assumir publicamente a sua identidade/ identificação não heterocisnormativa (vd. heteronormatividade, cisnormatividade). “sair do armário”, ou em inglês “coming out of the closet”, habitualmente abreviado para “coming out”, traduz um processo de revelação dessa identidade/ identificação perante outras pessoas (i.e., ao nível pessoal, social, profissional, etc.)
(Fonte: Gentopia)

sexismo

posicionamento que defende a superioridade de pessoas identificadas com determinado sexo, geralmente com o sexo masculino, sobre qualquer outro.

traduz uma discriminação baseada em critérios sexuais.
(Fonte: Gentopia)

sexo

a classificação de uma pessoa como homem ou mulher. O sexo é atribuído à nascença e escrito na certidão de nascimento, geralmente com base na aparência da anatomia externa e numa visão binária do sexo que exclui as pessoas intersexo.

o sexo de uma pessoa, no entanto, é na verdade uma combinação de características corporais, incluindo: cromossomas, hormonas, órgãos reprodutivos internos e externos e características sexuais secundárias
(Fonte: ILGA Europa)

sexualidades

termo que pretende traduzir a diversidade de formas através das quais as pessoas experienciam e se expressam ao nível sexual. pode envolver, ou não, comportamentos, pensamentos e/ou sentimentos a qualquer nível, seja físico, emocional, erótico, de desejo, de afeto, entre outros.

as sexualidades são construídas e significadas através do enquadramento sociocultural.
(Fonte: Gentopia)

sororidade

solidariedade e aliança entre mulheres para se defenderem, apoiarem e lutarem contra a discriminação e violência das suas experiências partilhadas de viver em sociedade como pessoas identificadas como mulheres.
(Fonte: Gentopia)

stalking

forma de violência definida como um conjunto de comportamentos de assédio persistente.

a pessoa agressora invade a privacidade da vítima através de diversas técnicas de perseguição, tais como perseguições físicas, telefonemas, controlo e vigilância das rotinas da vítima, invasão das redes sociais online da vítima, constrangimentos públicos, ameaças, entre outros.
(Fonte: Gentopia)

T

trans

é um termo abrangente e inclusivo que se refere a pessoas cuja identidade de género e/ou expressão de género diferem do sexo/género que lhes foi atribuído à nascença.

Pode incluir, mas não está limitado a: pessoas que se identificam como transexual, transgénero, travestis, andróginos, poligéneros, género queer, agénero, variantes de género, género não conforme ou com qualquer outra identidade e/ou expressão de género que não vá ao encontro das expectativas sociais e culturais colocadas sobre a identidade de género.

o sexo de uma pessoa, no entanto, é na verdade uma combinação de características corporais, incluindo: cromossomas, hormonas, órgãos reprodutivos internos e externos e características sexuais secundárias.
(Fonte: ILGA Europa)

transfobia

atitudes e práticas pejorativas e/ou violentas direcionadas a pessoas lidas como trans*, independentemente de se auto identificarem ou não desta forma (vd. outrofobia, homofobia).
(Fonte: Gentopia)

transgénero

conceito guarda-chuva referente a indivíduos que não se identificam com o género associado ao sexo que lhes foi atribuído à nascença.
(Fonte: Gentopia)

T

xenofobia

antipatia ou aversão pelas pessoas ou coisas estrangeiras.

preconceito ou atitude hostil contra o que é de outro país ou de outro meio.
(Fonte: Infopédia)

 

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