8M: Pela igualdade no espaço social e político
8 de março de 2022
A Plataforma Já Marchavas volta assinalar o 8M – o Dia Internacional das Mulheres, sob o mote “Pela igualdade no espaço social e político”, com uma concentração no Jardim Tomás Ribeiro, pelas 17h30, no dia 8 de março de 2022.
Solidariedade com as mulheres refugiadas do conflito na Ucrânia:
A Plataforma Já Marchavas irá recolher produtos de higiene na concentração de dia 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, com início às 17h30 no Jardim Tomás Ribeiro (Rossio).
Muitas vezes esquecidas, também nas guerras as mulheres sofrem situações de humilhação e de opressão pela sua condição. É também na guerra que o seu corpo se torna moeda de troca, recompensa e vingança.
A falta dos mais elementares produtos de higiene são apenas exemplos das necessidades já desvalorizadas diariamente e que se agravam nos períodos de crise.
Está acção visa lembrar que em todas as guerras, em todas as ondas de refugiadas, há quem sofra duplamente as consequências dos ‘homens da guerra’.
No dia 8 de Março celebramos o Dia Internacional das Mulheres!
Celebramos também todas as conquistas alcançadas até aqui e as mulheres por elas responsáveis.
Foram essas mulheres que sem medo ou até mesmo com medo, mas com força e resiliência, lutaram ao longo de séculos contra uma sociedade que não as considerava como gente.
Ano após ano, somos confrontadas com a mesma pergunta: “Porque é que ainda é relevante comemorar o 8 de Março?”. E ano após ano, enquanto vivermos numa sociedade marcadamente machista e patriarcal, que promove a desigualdade e a violência, que hostiliza a diferença, que dissemina o racismo, a homofobia, a transfobia, que incita a comportamentos de ódio, e na qual as suas principais vítimas são as mulheres, nós estaremos cá para responder!
Não deixamos ninguém para trás, e lutamos pelo reconhecimento de direitos a todas, sem exceção.
Vivemos durante dois anos assombrados pela pandemia da COVID-19 e sabemos que a profunda desigualdade social, económica e territorial é uma realidade anterior a qualquer contexto pandémico, mas hoje, mais do que nunca, vimos alargado o fosso das desigualdades pré-existentes e o surgimento de novas formas de desigualdade.
Neste sentido lembramos as mulheres trabalhadoras do setor social, da saúde, dos serviços, as cuidadoras informais, as empregadas domésticas e das limpezas, as mulheres das zonas rurais, as mulheres em situação de sem abrigo, as mulheres lésbicas, as mulheres trans, as mulheres migrantes, as mulheres racializadas.
Lembramos também todas as mulheres que sofrem, mas que continuam na luta contra a precariedade, o desemprego, o assédio moral e sexual nos seus locais de trabalho, mas também todas as que que acumulam uma dupla ou tripla jornada de trabalho, substancialmente agravada com o regime do teletrabalho.
Não aceitamos que meninas e mulheres continuem a ser sujeitas à hedionda prática da Mutilação Genital Feminina, que raparigas sejam casadas à força, que milhares de mulheres sejam vítimas nas mãos dos seus companheiros ou que sejam violentadas nas salas de parto dos hospitais!
Perante isto, reivindicamos uma sociedade feminista, que rompa com o conservadorismo, com o machismo e misoginia e com todas as formas de discriminação que atentam contra os direitos das Mulheres!
Ser feminista, não é um apelo à supremacia da mulher sobre o homem ou sobre qualquer pessoa, mas sim a defesa da igualdade entre todas as pessoas em todas as esferas sociais.
Ser feminista é querer:
– Salários iguais e dignos para todas as pessoas independentemente do seu género;
– A concretização da lei da paridade na sua plenitude;
– O fim dos contratos precários, nos quais as pessoas mais afetadas são mulheres;
– Ter mais mulheres em lugares de decisão, quer no setor público, quer no setor privado;
– A erradicação de todas as formas de violência de género contra as mulheres;
– Uma efetiva partilha de tarefas, não sobrecarregando apenas as mulheres com o trabalho doméstico e de cuidados;
– Mais e melhores direitos para as cuidadoras e cuidadores informais;
– Cuidados de saúde dignos e humanizados que respeitem a vontade das mulheres e a autodeterminação sobre os seus corpos;
– O fim da pobreza menstrual que afeta milhões de mulheres e raparigas em todo o mundo, seja pelos preços elevados dos produtos de higiene feminina, seja pela falta de água e saneamento básico, ou por ambos;
– O fim da violência obstétrica nos blocos de partos dos hospitais, violência essa que é física e psicológica e que afeta a recuperação da mulher durante o puerpério, pondo em causa a sua saúde mental, a sua vida sexual e a sua relação com o bébé, comprometendo o sucesso da amamentação e o desenvolvimento saudável do recém-nascido;
– O fim de práticas hospitalares não recomendadas que configuram diversas formas de violência física e sexual para com os corpos femininos, trans e intersexo, através da denúncia e penalização de cirurgias ou outros procedimenttos médicos desnecessários de forma a garantir as características sexuais de todas as pessoas.
– Uma sociedade com lugar para todas as pessoas, uma sociedade LGBTQIA+ inclusiva, ecologista, antifascista, antirracista, democrática, inclusiva e participativa.
Dia 8 de Março ocupamos a rua, juntas, unidas e insubmissas, mais uma vez, porque não nos esquecemos que os direitos adquiridos não são direitos garantidos e que a luta tem que ser feita todos os dias!
SUBSCREVE o manifesto aqui: https://forms.gle/Lpr1AiTnvMve1d6q7
ORGANIZAÇÕES
Bloco de Esquerda Viseu
Delegação Regional do Centro – Saúde em Português
Dezanove
Mangual em Movimento
Nucleo de Viseu da Associacao Olho Vivo
PAN Viseu
Por Falar em Nascer Viseu
UMAR Viseu
SOS Racismo
The Revolution will not happen on your screen
INDIVIDUAIS
Inês Coelho
David Santos
Daniel Morais
Cecília Cardoso
Ana Maia
Ângela Maria Sequeira Sobrinho
Lara Pereira
Manuela Antunes
Maria da Graça Melo Cabral Marques Pinto
Ana Carolina Damas Gomes
Bárbara
Luiza de Mello
Tiago Resende
Mourana Monteiro
João Silva
Larissa Mingatos
Célia Rodrigues
Rita Alves
Sílvia Meneses
Carlos Alberto Matias do Couto
Miguel Cardoso
Patrícia Cardoso
Lúcia Maria de Abreu Vilhena
Cecília Cardoso
Ana Catarina Marques Gomes
Eduardo Marques
Catarina Vieira e Castro
Raquel Martins
Rute Castro
João Ferreira
Carolina Leite
Diogo José Pina Chiquelho
Elsa Batista
Patricia Marques Cardoso Coutinho
Raul Coutinho
Mafalda Alves
Carla Antunes
Daniel
Vítor Martins
Cristina Nogueira
Pedro de Aires Antunes Gomes
Daniela Fernandes
Adelaide Osório
Jose Carlos Costa Vasconcelos
Jorge Manuel Duarte Pereira
Graça Carvalho
Rui Miguel Coimbra Morais
Jéssica Oliveira