No dia 21 de Dezembro, Luís Giovanni dos Santos Rodrigues, estudante de origem cabo-verdiana no Instituto Politécnico de Bragança, foi atacado por 15 rapazes com paus, ferros e cintos à saída de uma discoteca em Bragança. Giovani faleceu a 31 de Dezembro no hospital de Santo António no Porto.
Este caso de violência extrema interrompeu a vida de um jovem de 21 anos que estava em Portugal a estudar. Este caso, independentemente do que venham a apurar as investigações, pôs a nu a indiferença dos poderes públicos e da comunicação social a tal brutalidade. Não sabemos se o facto da vítima ser racializada inferiu na brutalidade das agressões, mas sabemos que não houve igualdade de tratamento mediático. Também em alguns relatos da comunicação social a importância dada ao caso não é considerada normal, principalmente se recordarmos alguns exemplos recentes de agressão que foram amplamente noticiados.
Porque não podemos ficar indiferentes à indiferença, a Plataforma Já Marchavas associou-se ao movimento nacional de solidariedade, colocando nas estátuas de Viseu mensagens de repúdio à violência que vitimou o Giovani mas também de repúdio à indiferença que todo o caso teve durante dias a fio.