25 de Novembro – Dia Internacional Pela Eliminação da Violência contra as Mulheres
25 de novembro de 2020
Em Viseu, vigília no Rossio, 18H00
(com distanciamento social, desinfeção de materiais e equipamentos de proteção individual, cumprindo todas as normas e recomendações da Direção Geral de Saúde)
Num ano especialmente difícil marcado pela pandemia, assinalamos o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de Novembro), dando também início aos 16 dias de ativismo que terminam a 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A pandemia de covid-19 agudizou os casos de violência doméstica preexistentes, situações essas que se intensificaram durante o período de confinamento em virtude da convivência permanente das vítimas com os agressores.
A violência contra as mulheres e em particular a violência doméstica continua a ser exercida das mais variadas formas, seja ela física, emocional, sexual, financeira ou outras e encontramo-la nos mais diversificados contextos de intimidade.
As denúncias de milhares de mulheres, o trabalho de tantas associações e organizações, as medidas governamentais, as intensas campanhas de sensibilização continuam a não ser suficientes para acabar com este flagelo que se estende além-fronteiras.
Dia 25 de Novembro continuaremos juntas e juntos, em luta, sem esquecer que a violência nas relações de intimidade atinge 1 em cada 3 mulheres em Portugal.
Encontrar-nos-emos no Rossio com o propósito de repudiar todas as formas de violência contra as mulheres, recordando de uma maneira especial as mulheres LBTI+, as mulheres negras, as mulheres ciganas, as mulheres indígenas, as mulheres migrantes e todas as que sofrem, as que estão sós, as que são manietadas e… as que já não estão entre nós!
Marcaremos presença pelas que não podem estar e damos voz às que foram silenciadas!
Marcaremos presença pelas vítimas de violência doméstica, social, simbólica, instrumental e institucional!
Marcaremos presença para denunciar uma sociedade machista, sexista, racista, homofóbica, transfóbica e patriarcal!
Marcaremos presença para mais uma vez alertar a sociedade para este fenómeno!
- Manifesto
- Subscritores
- O Estendal
Manifesto 25 novembro de 2020
Em Viseu, vigília no Rossio, 18H00
Desde 1999, data em que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o 25 de novembro como o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres”, como forma de homenagear as irmãs Mirabal – las Mariposas – ativistas dominicanas, brutalmente assassinadas pela polícia secreta do ditador Rafael Trujillo que este simboliza todos os dias de luta e resistência à opressão patriarcal tão fortemente inculcada nas diferentes sociedades.
Em Portugal e no mundo, todos os dias, inúmeras mulheres e raparigas são vítimas de algum tipo de violência.
Violência doméstica, tráfico de seres humanos, violação e outras agressões sexuais, casamento forçado, mutilação genital feminina ou assédio sexual são alguns dos crimes praticados contra as mulheres.
Num ano especialmente difícil marcado pela pandemia, assinalamos o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de Novembro), dando também início aos 16 dias de ativismo que terminam a 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Recordamos que Portugal foi um dos Estados que ratificou a Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e à Violência Doméstica, e que no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, definiu como prioritária a erradicação de todas as formas de discriminação e violência contra mulheres e raparigas.
Apesar disso, a violência contra as mulheres e em particular a violência doméstica continua a ser exercida das mais variadas formas, seja ela física, emocional, sexual, financeira ou outras e encontramo-la nos mais diversificados contextos de intimidade.
A pandemia de covid-19 agudizou os casos de violência doméstica preexistentes, situações essas que se intensificaram durante o período de confinamento em virtude da convivência permanente das vítimas com os agressores.
As denúncias de milhares de mulheres, o trabalho de tantas associações e organizações, as medidas governamentais, as intensas campanhas de sensibilização continuam a não ser suficientes para acabar com este flagelo que se estende além-fronteiras.
Neste dia, continuamos juntas e juntos, em luta, sem esquecer que a violência nas relações de intimidade atinge 1 em cada 3 mulheres em Portugal.
Marcamos presença pelas que não podem estar e damos voz às que foram silenciadas!
Marcamos presença pelas vítimas de violência doméstica, social, simbólica, instrumental e institucional!
Marcamos presença para denunciar uma sociedade machista, sexista, racista, homofóbica, transfóbica e patriarcal!
Marcamos presença para mais uma vez alertar a sociedade para este fenómeno!
É imperativo que se combatam de forma veemente todas as opressões de género, de orientação sexual, de identidade, de nacionalidade, de etnia e outras.
Dia 25 de Novembro encontrar-nos-emos no Rossio com o propósito de repudiar todas as formas de violência contra as mulheres, recordando de uma maneira especial as mulheres LBTI+, as mulheres negras, as mulheres ciganas, as mulheres indígenas, as mulheres migrantes e todas as que sofrem, as que estão sós, as que são manietadas e… as que já não estão entre nós!
Colectivos
Universidade Feminista – UMAR
CATARSE – Movimento Social
Marcha do Orgulho LGBT+ de Barcelos
Casa Qui – Associação de Solidariedade Social
SOS Racismo
Comissão Política distrital – PAN Viseu
Associação Olho Vivo – nucleo dr Viseu
Bloco de Esquerda (Comissões Coordenadoras Concelhia e Distrital)
David Almeida |
Ana Leonor Neto |
Manuela Maria Coelho Antunes |
Daniel Alexandre dos Santos Morais |
Ana Carolina Damas Gomes |
Tiago Resende Araújo Ferreira |
Carolina Leite |
Rita Cardoso |
Rúben Borges |
Carlos Alberto Matias do Couto |
Carla Cerqueira |
Ana Guerreiro |
Maria José Mgalhães |
Catarina Vieira |
Sara Isabel Magalhães |
Maria de Fátima Teles da Silva |
João Duarte |
Pedro de Aires Antunes Gomes |
Inês Maria da Silva Coelho |
Eduardo Marques |
Patrícia Cardoso |
Bárbara Xavier |
Marta Pereira |
Rui M. Sá |
David Filipe dos Santos |
Ana Patrícia J. Gonçalves |
Elsa Batista |
Joana |
Márcia Filipa de Jesus Rodrigues |
Rita Diogo |
Sandrina Néri |
Uma peça de roupa preta por cada mulher vítima de femicídio em Portugal no ano de 2020.
Um estendal, uma peça de roupa, uma etiqueta…etiqueta essa que ao invés de nos dizer a que temperatura pode ser lavada, centrifugada e seca a roupa, nos diz o nome da mulher assassinada, a sua idade e a sua relação com o agressor.
Esta instalação assinala o dia 25 de Novembro – Dia Internacional Pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e vai ficar exposta durante 16 dias iluminada em tons de laranja, cor que simboliza a esperança e um futuro melhor sem violência contra as mulheres, de forma a cumprir os 16 dias de ativismo contra a violência de género.
No dia 25 de Novembro, iniciamos esta ação com a leitura de um manifesto no qual repudiamos todas as formas de violência contra as mulheres. Segue-se um minuto de silêncio em homenagem às vítimas enquanto ecoa o tema de Sérgio Godinho, “Balada da Rita”.
“Estendemos a roupa” e damos lugar à leitura de um poema antes de passarmos ao momento de microfone aberto a testemunhos e partilhas sobre o tema.
“Apanhamos a roupa” a 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, dia que será marcado por uma vigília onde cada um dos presentes acenderá uma vela em memória de cada mulher assassinada.