Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Mais de 60 coletivos já subscrevam a declaração pública: “Europride não deve ser usado para justificar genocídio”

Alerta unitário do movimento LGBTI+ português:

“Europride não deve ser usado para justificar genocídio”

O alerta emitido no início do mês sobre o risco de cooptação do evento Europride 2025 por interesses ligados ao Estado de Israel reuniu já a subscrição de 60 coletivos do movimento LGBTI+ e aliados, num posicionamento a uma só voz.

A declaração pública já conta com o apoio de praticamente todas as estruturas organizativas de Marchas do Orgulho LGBTQIA+ em todo o país, bem como da generalidade dos coletivos e associações lgbti+ a nível nacional, incluindo a subscrição – por decisão unânime – da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que terá lugar na cidade a 7 de junho, uma semana antes do Europride. O texto completo e as subscrições atualizadas podem ler-se aqui.

Na posição de força divulgada, os coletivos repudiam “(…) a cada vez mais evidente cooptação do EuroPride 2025 por parte de pessoas cuja agenda está longe de ter como prioridade a defesa dos direitos LGBTI+ ou dos direitos humanos, em particular quando estes dizem respeito ao povo palestiniano.”

Perante esta e outras polémicas que têm envolvido a organização do evento, os coletivos manifestaram a sua apreensão, apontando “(…) o silêncio de todos os envolvidos (…)”, que “(…) só tem contribuído para o descrédito do evento e das organizações envolvidas. Exigimos respostas.” E justificaram: “Os direitos humanos são universais e indivisíveis. Os movimentos LGBTI+ em Portugal têm sido claros no enquadramento da sua luta na defesa dos direitos humanos e contra todas as suas violações e opressões. A ocupação e o genocídio na Palestina não são exceção.”

Este posicionamento amplamente unitário do movimento lgbti+ nacional exige ainda às entidades envolvidas na organização do EuroPride 2025 (…) “(…) um compromisso inequívoco de que o evento não servirá para branquear violações de direitos humanos nem crimes contra a humanidade, quem os comete ou quem com eles compactua”.

As organizações signatárias declaram que não aceitarão “(…) que o EuroPride 2025 se transforme em mais uma plataforma de pinkwashing político (…)”, e rejeitam “(…) qualquer tentativa de branqueamento ou normalização com quem pratica violações de direitos humanos.”

Até ao momento, nenhuma das entidades organizadoras do evento respondeu ao questionamento que as visou: nem a EPOA, detentora da marca comercial Europride, nem os parceiros nacionais – todos eles rosto de exemplos recentes de ligação pública a iniciativas de branqueamento dos crimes de Israel contra o povo palestiniano – incluindo a associação comercial Variações, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o seu vereador e fundador da Associação (de lóbi sionista) Lusa Portugueses por Israel (ALPI), Diogo Moura, autarcas que chegaram a nomear brevemente como  “comissário municipal” para o evento Diogo Vieira da Silva, recentemente chefe de imprensa da Embaixada de Israel em Lisboa.

Comité de Solidariedade com a Palestina
Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia

Lista de subscritores atualizada em 24/03/2025:

1 – Ação Pela Identidade – API
2 – Algarve pela Palestina
3 – As DEsaFiantes
4 – Associação Cultural Mina
5 – Braga Fora do Armário
6 – CIVITAS Braga
7 – Climáximo
8 – Clube Safo
9 – Coimbra pela Palestina
10 – Coletivo pela Libertação da Palestina
11 – Comissão Organizadora da Marcha LGBTQIAP+ de Santo Tirso
12 – Comissão Organizadora da Marcha LGBTQIAP+ de Vila Nova de Famalicão
13 – Comité de Solidariedade com a Palestina
14 – Covilhã a Marchar
15 – Curvs
16 – CVI – Centro de Vida Independente
17 – Estudantes do IPP pela Palestina
18 – Estudantes do Porto em Defesa da Palestina
19 – Estudantes pela Palestina ISCTE
20 – Estudantes pela Palestina U. Minho
21 – Estudantes por Justiça na Palestina FCSH
22 – Famalicão com Teto
23 – Gentopia – Associação para a Diversidade e Igualdade de Género
24 – Greve Climática Estudantil
25 – Health Workers for Palestine – Portugal
26 – Humanamente – Movimento Pela Defesa dos Direitos Humanos
27 – Humans Before Borders (HuBB)
28 – Inquieta-te FCSH
29 – Judeus pela Paz e Justiça
30 – Livraria das Insurgentes
31 – Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa (M.O.L.)
32 – Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto (M.O.P.)
33 – Marcha do Orgulho LGBTQIA+ da Trofa
34 – Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Ovar
35 – Marcha do Orgulho LGBTQIAPN+ de Aveiro
36 – Marcha do Orgulho LGBTQIAP+ de Santarém
37 – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM)
38 – Núcleo da Olho Vivo de Viseu
39 – Opus Diversidades
40 – OVO PT | Observatório de Violência Obstétrica em Portugal
41 – Palestina Livre Ilha Terceira
42 – Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
43 – Parents for Peace
44 – Planeta Manas
45 – Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia de Coimbra
46 – Plataforma Já Marchavas (Viseu)
47 – Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP)
48 – Polyportugal
49 – Por Todas Nós
50 – PortugalGay.pt
51 – Queer IST
52 – Queer Tropical
53 – Rede 8 de Março
54 – Rede Afrolink
55 – rede ex aequo – associação de jovens LGBTI e apoiantes
56 – República do Kuarenta
57 – Sintra Friendly – Colectivo Juvenil LGBTIQA+ de Sintra e Apoiantes
58 – SOS Racismo
59 – STOP Despejos
60 – TransParente
61 – UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

2018 – 2025 : Plataforma Já Marchavas – marchaviseu@gmail.com