O movimento de emancipação Queer em Portugal tem sido bastante claro em matéria de direitos humanos: condenar sempre todas as formas de violência e opressão, incluindo o colonialismo, o racismo e o apartheid.
A solidariedade é interseccional, pelo que isso inclui também denunciar o genocídio e a ocupação ilegal da Palestina por parte do Estado de Israel.
Há décadas que o Estado de Israel tem usado a causa LBGTQIA+ como fachada, como propaganda política, para encobrir a violência contra o povo da Palestina. Promove-se como um “paraíso queer” ao mesmo tempo que bombardeia Gaza, assassina mulheres, crianças e queers palestinianos e ocupa ilegalmente a Palestina.
A isto chama-se Pinkwashing, ou seja, o Estado de Israel limpa a sua imagem enquanto branqueia e normaliza a violação de direitos humanos. A solidariedade queer é anticolonial, anti imperialismos e anti apartheid. Não há orgulho na opressão, não há orgulho no genocídio!
No mês do Orgulho Queer lembramos a importância da solidariedade entre movimentos, entre causas, da necessária condenação e boicote a Israel e do apelo às instituições públicas portuguesas e europeias para o urgente reconhecimento do Estado da Palestina. Pessoas LGBTQIA+ palestinianas existem e devem ser lembradas e defendidas.
Nenhuma de nós é livre até que todas sejamos.